A ideia é que a vacina brasileira induza uma resposta celular ainda mais forte que a da AstraZeneca. Chamado de SpiN-TEC, o imunizante foi seguro em roedores
Anteriormente, a fórmula chegou a ser testada em camundongos e se mostrou segura, além de induzir as células de defesa T contra o vírus. A expectativa do grupo é que a Anvisa autorize no próximo mês o início das fases clínicas, em que a vacina começa a ser avaliada em humanos. Os estudos serão conduzidos na própria UFMG.
Com isso, os responsáveis pelas pesquisas esperam começar o ensaio clínico em meados de setembro. Na prática, voluntários do grupo-controle recebem a vacina da AstraZeneca, para que então os cientistas comparem a produção de anticorpos neutralizantes, anticorpos totais contra o Sars-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) e a resposta de linfócitos T (células de defesa).
A ideia é que a vacina brasileira induza uma resposta celular ainda mais forte que a da AstraZeneca. Como a SpiN-TEC envolve duas proteínas do patógeno, em vez de apenas uma, os pesquisadores esperam que proporcione uma proteção maior contra novas variantes do coronavírus.
Além dessa fórmula da Fiocruz e da UFMG, existe um imunizante produzido pelo SENAI CIMATEC de Salvador (BA), que já deu início à primeira fase de testes em humanos. Como o próprio nome do imunizante (RNA MCTI CIMATEC HDT) sugere, a tecnologia utilizada é a de RNA mensageiro, semelhante a empresas como Pfizer ou Moderna.
O governo investe R$ 350 milhões nessa vacina brasileira contra covid-19, que está sendo desenvolvido por pesquisadores brasileiros da Rede Vírus MCTI em parceria com a americana HDT Bio Corp. Testes já estão acontecendo em Salvador, mas a ideia é que também sejam feitos nos EUA e na Índia.
Fonte: O Globo