A jornalista mineira Larissa Carvalho, mãe do Théo, de 6 anos, relata que o menino nasceu com uma doença genética que poderia ter sido diagnosticada se o teste do pezinho oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) identificasse um número maior de doenças.
Com o intuito de evitar que outras mães passem pela mesma situação, a jornalista se tornou uma das precursoras que enxergaram a necessidade de lutar pela ampliação do teste do pezinho no país, em parceria com o Instituto Vidas Raras – Responsável por prestar auxílio e informação sobre doenças raras em todo o mundo. Larissa fez uma petição online que contou com milhares de assinaturas.
A campanha e o abaixo-assinado ganharam força a ponto de ir o direito ao teste virar lei federal, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 26. A novidade deve começar a valer em maio de 2022, quando a gratuidade do teste do pezinho ampliado no Brasil será implementada pelo Ministério da Saúde. A pasta terá quatro anos, ou seja, até 2026, para concluir o processo, dividido em cinco fases.
O exame é realizado com a coleta de gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido entre o terceiro e o quinto dia de vida. A análise mais completa passará a englobar 14 grupos de doenças, que poderão identificar até 53 tipos diferentes de enfermidades e condições específicas de saúde.
Enquanto a nova lei não passa a valer, o SUS continua ofertando para todos os recém-nascidos no Brasil apenas o teste básico do pezinho, que detecta até seis doenças congênitas e metabólicas: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, anemia falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinídase.
Fonte: O Tempo