Ao falarmos de gerenciamento do capital humano ou, como é mais conhecido, a gestão de pessoas, temos pontos essenciais para analisar. O primeiro diz respeito à necessidade de colocar o ser humano no centro e enxergar o colaborador para além de seu cargo.
Ao mesmo tempo, o segundo ponto nos mostra que é importante acompanhar cada pessoa por toda a jornada dentro da corporação, a fim de conhecê-la melhor e elaborar a estratégia para desenvolvê-la profissionalmente.
Um levantamento da Gartner, companhia que fornece insights aos negócios, apontou que 82% dos funcionários acreditam que é importante que as organizações os vejam como pessoas, não apenas como colaboradores. E para isso, o RH pode contar com uma grande aliada: a tecnologia.
Com o tempo mais curto e diversas tarefas para desempenhar, o profissional da área de recursos humanos deve se munir de ferramentas que absorvam atividades operacionais do dia a dia e que facilitem a rotina. Assim, podem focar em tarefas mais estratégicas, garantindo um fluxo de atuação efetivo.
Com softwares desenvolvidos para gerir pessoas desde o processo seletivo até o desligamento, é possível coletar informações valiosas e realizar análises desde o primeiro contato do colaborador com a marca, de maneira mais eficiente. Com informações em mãos, profissionais de RH podem desenvolver melhores relações interpessoais e ajudar na construção de ambientes mais saudáveis e felizes.
Banco de dados e informações detalhadas
Obtendo um banco de dados robusto, os profissionais de recursos humanos e os gestores ganham mais liberdade e assertividade para desempenhar os papéis de líderes e mentores, olhando mais profundamente para o fator humano.
Quando a empresa sabe quem são os colaboradores, os hábitos e necessidades que possuem, qual o nível de satisfação em relação ao trabalho, como estão desempenhando tarefas diárias e o nível de produtividade, fica mais fácil de realizar uma gestão de capital humana de excelência.
Merece destaque a possibilidade de análise desses dados em tempo real, o que permite às empresas identificarem tendências, padrões e oportunidades constantemente. Por isso, as companhias devem investir em soluções completas, que forneçam dados específicos do dia a dia.
Vale ressaltar que com o monitoramento de eventuais pontos sensíveis e o clima da empresa na totalidade, o departamento é capaz, inclusive, de tomar decisões rápidas que evitem possíveis crises relacionadas com os colaboradores.
Gestão de dados e privacidade
Apesar de auxiliar nas rotinas, sobretudo operacionais, o uso da tecnologia também apresenta desafios. Gerir dados importantes e cuidar da privacidade destes (Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD) são os principais.
Por isso, também é necessário contar com soluções que, além de inovadoras, sejam seguras em todos os aspectos. Treinamentos dos profissionais de RH para o uso correto de ferramentas é algo fundamental.
A automatização de tarefas relacionadas com a gestão de pessoas fornece ao RH informações suficientes para identificar pontos de melhoria. Além disso, com mais tempo hábil, é possível que profissionais de recursos humanos se dediquem mais a outras tarefas, tornando o ambiente de trabalho cada vez melhor.
Assim, a tendência é que soluções tecnológicas e ferramentas inovadoras ganhem mais espaço no mercado.
Ouça o episódio 158 do RH Pra Você Cast, “IA: a preocupação deve mesmo existir?“ Em março de 2023, veio a público a informação que cerca de 2.600 líderes e pesquisadores do setor de tecnologia assinaram uma carta aberta solicitando uma pausa temporária no desenvolvimento das inteligências artificiais. Sob o argumento de que elas podem ser um “risco para a sociedade e a humanidade”, até mesmo Elon Musk, um dos maiores entusiastas quando o assunto é tecnologia, assinou o documento.
Por sua vez, Jhonata Emerick, CEO da Datarisk, não faria parte do movimento que busca frear as IAs. Para o doutor em Inteligência Artificial, a evolução das IAs é tão natural quanto o crescimento que ela pode ajudar a impulsionar. Mas será que, mesmo com o olhar otimista, as preocupações em torno das IAs (como a perda de empregos ao redor do mundo) são legítimas? O que elas podem fazer por nós que ainda não compreendemos tão bem?
Fonte: RH pra Você