SUS reformula sistema de dados para saber tudo sobre quem foi imunizado

Data: 06/07/2021

Agora, o enfermeiro poderá consultar se a pessoa já tomou a vacina e preencher, depois da aplicação, dados como o laboratório do imunizante utilizado, o lote, a dose e o profissional que a aplicou.

Essas informações, coletadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), são repassadas para as secretarias de saúde e podem, então, ser acessadas pelos veículos de comunicação. Todos os profissionais que atuam na imunização e os gestores das unidades de saúde têm acesso ao SI-PNI.

Já o cidadão pode acessar a plataforma ConecteSUS (conectesus-paciente.saude.gov.br), na qual pode visualizar as características do imunizante que tomou e gerar um certificado de vacinação.

O SI-PNI foi criado em 2010, mas demorou a ser usado em larga escala porque muitas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) não eram informatizadas. Antes, o Ministério da Saúde recebia somente registros da quantidade de imunizantes aplicados. Esses dados eram contabilizados por município, unidade básica, estado e regional da secretaria estadual de saúde.

No software mais recente, o profissional de saúde que aplicar a dose preenche no computador o CPF ou o CNS (Cartão Nacional de Saúde) do vacinado. Para isso, a pessoa não precisa ter usado o SUS —os documentos de todos os cidadãos brasileiros estão cadastrados no SI-PNI, com algumas exceções, como moradores de rua. Para esses raros casos, é possível, também, fazer o CNS pela mesma ferramenta.

Dessa forma, o Ministério da Saúde sabe não apenas quantas pessoas foram vacinadas, mas quem elas são. Assim, é possível promover ações para convencer a população a se imunizar.

Fonte: Folha de S. Paulo