São Paulo – Um total de 199 cidades — cerca de 30% dos 645 municípios paulistas — estão com menos de 50% das crianças com a carteira de vacinação em dia, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde.
O baixo índice motivou o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a planejar campanhas emergenciais para melhorar a cobertura vacinal infantil.
O secretário da Saúde, Eleuses de Paiva, deve se reunir com a ministra Nísia Trindade na próxima semana para discutir ações integradas dentro do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O diagnóstico é que São Paulo está exposto a surtos de doenças graves e que não circulam há anos no estado, como poliomielite e sarampo, caso os índices de imunização não. Ao assumir a secretaria, Paiva chegou a debater com técnicos da pasta a possibilidade de condicionar as matrículas escolares deste ano à apresentação da carteira de vacinação completa, mas a ideia foi descartacada porque as matrículas já foram feitas em 2022.
A discussão agora é implementar essa regra para as matrículas escolares válidas para 2024, caso haja aval do governador, por meio de convênios com as prefeituras.
Os técnicos da saúde atribuem a queda nas imunizações a uma série de fatores, que vão desde os impactos da Covid-19 na rede de saúde à resistência a vacinas estimuladas por grupos de extrema-direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político de Tarcísio.
Também foi identificada falta de ação específica por parte das prefeituras paulistas. Embora os governos estadual e federal sejam os responsáveis pelas compras e distribuição das vacinas, é atribuição das prefeituras a organização das campanhas locais de vacinação e aplicação das doses.
retornem a patamares superiores a 90%.