Sob risco de desabastecimento, Ministério da Saúde anuncia compra de insulina

Data: 16/05/2023

Para garantir o abastecimento da rede no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (15/5) a assinatura de um contrato de aquisição emergencial de 1,3 milhão de unidades de insulina análoga de ação rápida. Segundo a pasta, a quantidade acertada é suficiente para tratar mais de 67 mil pacientes. Entretanto, primeira remessa deve ser entregue até 9 de julho.

No mês passado, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) emitiu um comunicado cobrando ações da pasta para evitar o desabastecimento de insulina de ação rápida (molécula asparte) no SUS, a partir do mês de maio. O alerta de alto risco da falta da medicação foi emitido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e publicado em 5 de abril.

Segundo a pasta, a expectativa é que, com o diálogo com as secretarias estaduais de saúde e o monitoramento intenso por parte do Ministério em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), seja possível manter o abastecimento igualitário na rede SUS até o início de junho a partir do remanejamento entre os entes federados.

Em nota, o Ministério da Saúde cita a ”dificuldade de aquisição” da insulina análoga de ação rápida, indicada para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 1, que concentra uma parcela entre 5% a 10% de pessoas diagnosticadas com a doença. Além da aquisição emergencial internacional da medicação, o comunicado da pasta lista outras medidas para evitar o desabastecimento do insumo na rede de saúde pública, incluindo o remanejamento dos estoques existentes e a autorização de compra pelas secretarias estaduais de saúde com ressarcimento por parte do governo federal.

“Cabe reforçar que o país enfrenta cenário de falta de produção nacional de insulina análoga de ação rápida de forma sustentável e capaz de atender às necessidades nacionais”, enfatizou.

Quanto as insulinas regulares mais consumidas, indicadas aos pacientes com diabetes tipo 2 e demais tipos, o Ministério assegurou que estão com ”estoque adequado” e que a situação da insulina análoga de ação rápida está sendo tratada com ”máxima prioridade” pela pasta junto aos fornecedores nacionais e internacionais para garantir o atendimento à população.