As empresas passaram a entender que o bem-estar dos colaboradores é um dos principais motores da produtividade e da retenção de talentos.
Colunista Mundo RH, Fabiana Galetol, Diretora Executiva de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee.
O ano de 2024 se revelou um marco de transformações profundas para a área de Recursos Humanos. Em um cenário de constante mudança, o RH consolidou seu papel como gestor de pessoas e se firmou como protagonista estratégico no desenvolvimento das organizações. A busca por ambientes mais saudáveis, produtivos e inclusivos foi acompanhada por desafios significativos, mas também por conquistas transformadoras. Ao olharmos para 2025, algumas tendências se solidificam, enquanto outras apontam para o futuro do trabalho, trazendo novas oportunidades e demandas para líderes e colaboradores.
Felicidade no trabalho deixou de ser apenas um diferencial e se tornou uma estratégia essencial
A felicidade no trabalho emergiu como um tema central em 2024. As empresas passaram a entender que o bem-estar dos colaboradores é um dos principais motores da produtividade e da retenção de talentos. Uma pesquisa realizada em março desse ano, conduzida pela Pluxee em parceria com o The Happiness Index, revelou que os brasileiros estão 9% abaixo da média global em termos de felicidade no trabalho – um dado que impulsionou discussões sobre o impacto do ambiente corporativo na satisfação e engajamento dos profissionais. O desafio, portanto, foi alinhar propósito, cultura organizacional e as necessidades individuais de uma força de trabalho cada vez mais diversificada.
Em 2025, o tema deve permanecer em destaque. Espera-se um avanço significativo na implementação de ferramentas capazes de medir, de maneira mais eficaz, o nível de felicidade e engajamento dos colaboradores. Empresas que entenderem e agirem sobre emoções, segurança psicológica, reconhecimento, liberdade e autonomia de suas equipes estarão mais bem posicionadas para atrair e reter talentos em um mercado altamente competitivo.
A urgência da saúde mental
A saúde mental, sem dúvida, se tornou um dos pilares mais importantes no RH – isso muito antes do início do ano de 2024. Temos visto organizações adotarem iniciativas como programas de suporte psicológico, jornadas flexíveis e políticas de descompressão. A compreensão de que colaboradores emocionalmente saudáveis são mais produtivos e engajados impulsionou a implementação dessas práticas em larga escala.
Para o próximo ano, a tendência é consolidar essa agenda com uma abordagem ainda mais personalizada e preventiva. Ferramentas baseadas em inteligência artificial poderão ser utilizadas para identificar sinais de burnout ou desengajamento, permitindo uma atuação mais proativa. Além disso, a tendência é que líderes sejam cada vez mais capacitados a promover um ambiente psicologicamente seguro, onde a transparência e a empatia serão fundamentais para a construção de relações mais saudáveis.
Comportamento de gerações: o desafio de equilibrar expectativas
A convivência de diferentes gerações no mercado de trabalho não é uma novidade, mas, em 2024, vimos a Geração Z assumir um papel de protagonismo, transformando as dinâmicas organizacionais e mostrando seus principais interesses. Com valores firmemente ancorados na diversidade, sustentabilidade e autonomia, essa geração exige ambientes mais inclusivos e flexíveis. Uma pesquisa da Pluxee apontou que 72% dos profissionais da GenZ afirmaram acreditar que propósito no trabalho vale mais do que o contracheque, reforçando a importância de alinhar os objetivos das empresas com os ideais de seus colaboradores mais jovens.
O grande desafio será equilibrar essas novas expectativas com as necessidades das gerações anteriores, ainda presentes em cargos de liderança e com experiências distintas. Programas de mentoria reversa, onde jovens talentos orientam líderes mais experientes sobre novas tendências e tecnologias, devem se popularizar, promovendo uma troca de conhecimentos que será crucial para o futuro das empresas.
Tecnologia e humanização: o futuro é híbrido
A evolução tecnológica também vem redefinindo o papel dos profissionais de RH. A adoção de ferramentas de automação, análise preditiva e people analytics trouxe maior eficiência aos processos de recrutamento, seleção e gestão de desempenho. No entanto, isso também levantou uma questão importante: como manter a humanização em um ambiente cada vez mais digitalizado?
Para o ano que está por vir, a resposta será o equilíbrio entre dados e relações humanas. O RH do futuro aproveitará a tecnologia para otimizar suas operações, mas sem abrir mão da empatia e do contato direto com os colaboradores. O futuro será híbrido, com os avanços digitais atuando como suporte, enquanto a interação humana continuará a ser o ponto central das estratégias corporativas.
O que esperar de 2025?
Com um ano desafiador e transformador, o RH entra em 2025 com uma agenda clara: transformar as organizações em espaços mais humanos, inovadores e preparados para os desafios do futuro do trabalho. Felicidade no trabalho, saúde mental, inclusão e tecnologia continuarão a ser temas centrais, exigindo uma abordagem estratégica, adaptável e ainda mais centrada no ser humano.
As empresas que souberem ouvir suas equipes, acolher suas demandas e implementar soluções inovadoras colherão os frutos de um ambiente de trabalho mais produtivo, conectado e resiliente. Se 2024 foi um ano de evolução, 2025 promete ser o ano de consolidação e crescimento. O RH do futuro já está se desenhando – e ele é mais humano do que nunca.
Vocês, empresa e profissionais de RH, estão preparados? Vamos juntos em busca do SUCESSO!
Fonte: Mundo RH