Remédio de uso semanal contra a obesidade é aprovado pela Anvisa

Data: 09/01/2023

Sabemos que a obesidade é uma doença crônica, metabólica e multifatorial. Segundo estudo realizado pelo Atlas Mundial da Obesidade, em 2022, e divulgado pela Federação Mundial da Obesidade, é esperado que o Brasil viva com 29,7% da população adulta com obesidade até 2030. Deste total, 33,2% serão mulheres e 25,8% serão homens.

A grande novidade divulgada neste início de 2023 foi a aprovação de um tratamento semanal para a obesidade através da semaglutida 2,4mg, que já é utilizada para o tratamento de Diabetes Tipo 2. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o seu uso também no tratamento da obesidade e sobrepeso, ainda sem data prevista para comercialização.

O nome comercial do remédio é wegovy e pode reduzir o peso do paciente, em média, 17%. No Brasil, outra medicação (para DiabetesTipo II) cujo princípio ativo também é a semaglutida, é o Ozempic, que já tem sido prescrito por médicos em caráter off-label (sem indicação em bula) para emagrecer.

Como toda medicação, deverá ser utilizada mediante orientação médica. Somente adultos podem utilizar respeitando a dosagem de 2,4mg semanal e sem fazer a ingestão de outros medicamentos que tenham a mesma substância ou liraglutida em sua fórmula.

Preste bastante atenção: o uso é indicado para pessoas que tenham o índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m² (obesidade) ou maior e igual a 27 kg/m² (sobrepeso) com a presença de comorbidades como hipertensão ou diabetes.

O medicamento reduz a fome (dando sensação de saciedade), nesta direção, reduzindo o peso pela consequência do paciente ingerir menos alimentos. Tendo mesmo princípio ativo do Ozempic (Semaglutida), os médicos recomendam o uso de 2,4 mg por semana, conforme o acompanhamento pelo profissional.

O tratamento não deve ser utilizado por gestantes ou lactantes. O seu uso deve ser interrompido ao menos 4 meses antes da gravidez quando, essa for planejada. A medicação tem como possível efeito colateral alteração gastrointestinal.

Fonte: Folha de Pernambuco