Prefeitura de SP aposta em telemedicina para reduzir filas de espera na rede pública e testa projeto em 32 unidades

Data: 23/03/2023

 

A Prefeitura de São Paulo testa, desde outubro de 2022, um projeto piloto de telemedicina que tem o objetivo de reduzir a fila de atendimento médico nas unidades de saúde da capital. Até o momento, cerca de 10 mil pacientes foram atendidos — mulheres entre 55 e 59 anos foram a maioria.

 

O Programa Avança Saúde está funcionando em 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

 

Na UPA de City Jaraguá, na Zona Norte da cidade, os pacientes já estão acostumados com grandes filas, algo que afeta toda a rede pública.

 

Com as teleconsultas, antes de ser atendido pelo especialista, o paciente passa por uma triagem com a equipe da unidade — e um profissional da saúde acompanha a consulta. Depois, de forma remota, o médico ouve os sintomas e faz o diagnóstico.

 

A estudante de enfermagem Ana Beatriz chegou à UPA com um quadro de dor de estômago e uma tosse persistente e saiu com a receita do antibiótico.

 

“O médico teve um bom atendimento. Gostei bastante, ele passou o antibiótico tudo bonitinho. Creio que agora eu consiga melhorar”, contou ela.

 

Especialistas em saúde pública dizem que a solução é boa, mas não substitui o contato com o paciente em todos os casos.

 

“Se houver um médico de atenção primária interagindo nesse momento da teleconsulta, esse médico poderá fazer um papel de auxiliar o médico da teleconsulta na verificação de sinais e sintomas que são mais difíceis de serem verificados a distância. Eu acho que tem que ter espaço para que isso aconteça”, apontou Gonzalo Veccina, professor de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

 

Marcelo Takano, coordenador-geral do Programa Avança Saúde, da prefeitura, garante que, se o profissional de assistência identificar que o paciente precisa ter prioridade no atendimento presencial, esse fluxo é feito diretamente dentro da unidade.

 

A Secretaria de Estado da Saúde informou que também está discutindo uma proposta de saúde digital para o Estado.

 

Fonte: G1