Pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pela Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge) para o Movimento Todos Por Todos com Muita Saúde, com o objetivo de entender a percepção dos brasileiros sobre os planos de saúde, aponta que 94% da população que, hoje, não tem esse tipo de serviço, gostaria de ter. Já entre os beneficiários, a maioria diz se sentir mais seguro tendo acesso à saúde suplementar. No entanto, metade da população brasileira ainda não sabe como funciona o sistema privado de saúde.
O estudo, representativo da população brasileira, entrevistou 1.599 pessoas com mais de 18 anos, pertencentes a todas as classes socioeconômicas, residentes em todas as regiões do país. Quando questionados sobre qual das opções apresentadas correspondia à sua opinião, 51% afirmaram já ter ouvido falar e acreditar que “os planos de saúde funcionam como um fundo coletivo, ou seja, tudo que você paga ajuda a cobrir a assistência médica de todas as pessoas que fazem parte do plano, assim a coletividade contribui para as urgências de saúde de cada um”. O restante ou nunca ouviu falar sobre a relação entre coletividade e operadoras ou não acredita ser assim que funciona.
Para Renato Casarotti, Presidente da Abramge, ainda há muita desinformação sobre planos de saúde. “O sistema de saúde suplementar tem como princípio a coletividade. Ou seja, os planos de saúde são um grande sistema de ajuda coletiva, onde cada beneficiário estende a mão para o outro, possibilitando atendimento para todos”, explica Casarotti.
A população brasileira está aberta para fundos coletivos, haja vista que 76% dos respondentes da pesquisa concordam com a frase “me interesso por fundos coletivos, como os planos de saúde, pois não tem como construir um país sem pensar na coletividade”.
Quanto aos direitos e deveres contratuais, 46% dos beneficiários de planos de saúde que responderam a pesquisa declararam que assinaram contrato sem ler ou leram por cima. “Existe uma grande diversidade nos serviços prestados pelos diferentes planos de saúde. Podemos ter distintos preços, com diferentes sinistralidades e coberturas. Por isso, é importante escolher o meus adequado ao seu perfil, atentando-se ao contrato de prestação de serviços”, afirma o executivo.
Para aclarar o cenário da saúde suplementar no Brasil, tornando-a mais descomplicada e acessivel a todos, foi criado o movimento Todos Por Todos Com Muita Saúde, que visa prover informação de qualidade e credibilidade para a população.
Casarotti disse que o movimento foi criado para demonstrar às pessoas que elas fazem parte de um coletivo. “A ideia é incentivar o diálogo para elucidar dúvidas comuns à população para que todos possam compreender o funcionamento dos planos de saúde e, ao mesmo tempo, ampliar o acesso aos cuidados da saúde suplementar”, complementa ele.
Sobre a pesquisa
O estudo quantitativo entrevistou 1.599 pessoas com mais de 18 anos, pertencentes a todas as classes socioeconômicas, residentes em todas as regiões do país, entre os dias 01 e 13 de fevereiro de 2023, e foi realizado por meio de autopreenchimento online em painel de internautas. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A amostra coletada foi ajustada por meio de ponderação para que as proporções dos principais estratos sociodemográficos ficassem próximas à distribuição conhecida para o total da população, inclusive a proporção de beneficiários e não beneficiários de planos de saúde.
Fonte: Saúde Business