Diante de um cenário desafiador, priorizar a saúde física e mental dos colaboradores exige ir em busca de benefícios adicionais, além do plano de saúde.
Nos últimos anos, temos observado transformações sociais de grande magnitude, que se desdobram em diversas esferas da vida. Essas mudanças, amplamente influenciadas por eventos como a pandemia de Covid-19, têm impactado significativamente a forma como as organizações gerenciam seus talentos.
Uma das transformações mais notáveis está relacionada a gestão de pessoas, onde a liderança enfrenta o desafio crescente de aprimorar suas habilidades para conduzir equipes em meio ao contexto dinâmico e desafiador. Nesse cenário, tornou-se necessário ir além do tradicional gerenciamento de tarefas e produtividade, direcionando esforços para priorizar o bem-estar e a saúde das pessoas colaboradoras.
Segundo uma pesquisa recente realizada pela Ticket com mais de 150 gestores de RH, 96% consideram a saúde mental um aspecto fundamental na gestão de pessoas, enquanto 80% concordam que este é o principal desafio enfrentado em suas organizações. Essa tendência foi confirmada no estudo “Tendências de Gestão de Pessoas 2024” do GPTW, realizado entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, com mais de 1.800 participantes, que apontou a saúde mental como o tema central de RH em 2023.
Diante disso, empresas têm reconhecido a importância da implementação de iniciativas mais abrangentes, que vão além dos tradicionais planos de saúde. Com foco na saúde mental, iniciativas de bem-estar incluem uma variedade de recursos, como sessões de meditação, suporte psicológico online e ferramentas para lidar com estresse e ansiedade, essenciais principalmente para funcionários que atuam em modelos de trabalho remoto ou híbrido. Visando a saúde física, os programas têm incorporado opções flexíveis, como benefício de acesso a redes de academias, estúdios e aulas virtuais. Adicionalmente, a disponibilização de serviços de saúde online, incluindo consultas virtuais, tem emergido como uma alternativa eficiente para atender às demandas.
Dispor de uma área dedicada à saúde das pessoas, garantindo melhores condições de trabalho e segurança, onde, dentro dos pilares de saúde, motivação e benefícios, os times são acompanhados de forma holística, conectando também a saúde mental. Programas internos podem ser um reflexo desse comprometimento, oferecendo benefícios personalizados que criam redes humanas confiáveis.
Por exemplo, contar com uma equipe multidisciplinar de saúde composta por médicos ocupacionais, assistenciais, nutricionistas, fisioterapeutas, massoterapeutas, acupunturistas e psicólogos, disponíveis tanto nos escritórios como por meio de atendimentos on-line. Ter uma equipe médica e de enfermagem dedicada à gestão do plano de assistência médica, tudo isso com o objetivo de simplificar a rotina de equipes e incentivá-los a manterem hábitos de vida mais saudáveis, também é uma opção.
Olhando para o futuro, acredito que a tecnologia será cada vez mais uma grande aliada no acompanhamento do bem-estar dos profissionais. A integração crescente de aplicativos e dispositivos de monitoramento de saúde permite o acompanhamento à distância, com o recebimento de recomendações personalizadas com base nas informações coletadas.
Também aposto na coleta de feedbacks, que possibilitará ajustes e aprimoramento dos programas, garantindo que atendam às necessidades específicas e evoluam conforme as mudanças no ambiente de trabalho. Além disso, investir em treinamentos para desenvolver habilidades relacionadas, como gerenciamento de tempo, resiliência emocional e comunicação eficaz, será crucial para o sucesso dessas implementações.
É importante destacar que, ao discutirmos a saúde dos colaboradores, precisamos falar da importância de benefícios que assegurem uma alimentação adequada e de qualidade, acesso à cultura, educação e outros. O bem-estar não apenas promove um local de trabalho saudável, mas também contribui para a produtividade e a satisfação geral das equipes, sendo um investimento fundamental para o sucesso a longo prazo das organizações.
Fonte: Saúde Business