Estoque de sangue em SP está baixo e preocupa instituições de saúde

Data: 18/05/2022

Chegada do frio tende a reduzir ainda mais ida aos postos de coleta; veja onde doar
estoque de bolsas de sangue está baixo no estado de São Paulo, acendendo um alerta para a importância da doação. A preocupação é que, com a previsão de baixas temperaturas nesta semana, os níveis podem continuar menores do que o ideal.
Fundação Pró-Sangue, instituição vinculada à Secretaria Estadual da Saúde que fornece bolsas de sangue para mais de 80 centros médicos, afirma que está com somente 31% do estoque necessário.
A fundação ainda afirma que a reserva de sangue do tipo Rh negativo opera em estado de emergência. Mesmo assim, doações dos tipos positivos também são importantes para evitar grandes baixas nos próximos dias.
O tipo sanguíneo O positivo, por exemplo, é o que está com a menor taxa —somente 5% da capacidade considerada necessária. O tipo O negativo também se encontra em desfalque e tem uma reserva chegando a 10% do ideal.
Sem a quantidade ideal de bolsas de sangue em estoque, o tratamento de pacientes que dependem regularmente de transfusão de sangue fica comprometido”, afirma a fundação em nota.
PRINCIPAIS REQUISITOS PARA DOAR SANGUE
  • Estar em boas condições de saúde
  • Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos
  • Pesar no mínimo 50 kg
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas)
  • Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação)
  • Apresentar documento original com foto recente
Outra instituição que passa pelo problema é o A.C.Camargo Cancer Center, hospital que atende exclusivamente pacientes oncológicos e que utiliza um banco de sangue próprio.
“Todos os hospitais têm a mesma necessidade, apesar dos perfis serem diferentes”, afirma Marta Lemos, médica coordenadora do serviço de hemoterapia e terapia celular do hospital, área que inclui o banco de sangue do centro de saúde.
Lemos explica que cada doação de sangue é separada em várias frações para diferentes finalidades de transfusão. Um exemplo é a plaqueta que tem uma média validade de cinco dias e é muito importante para o tratamento de pessoas com câncer.
 O fato de as doações serem perecíveis dificulta mais ainda os hospitais. “Nós dependemos de uma rotatividade constante de doações. Não podemos estocar muitas bolsas um dia e ficar tranquilos por um tempo prolongado”, diz.
Diferentes períodos do ano interferem na quantidade de doações. Lemos fala que períodos o outono e o inverno fazem com que as pessoas saiam menos de casa, diminuindo a ida aos centros. Essas estações também são marcadas pelo aumento de algumas síndromes gripais, o que impede temporariamente novas doações.
Fonte: Folha de São Paulo