A diretoria do SINDHOSFIL/SP (Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo) apoiou a intensa programação em prol dos hospitais filantrópicos, nesta terça- feira (26), em Brasília. Tanto o presidente do Sindicato, Dr. Edison Ferreira, quanto o vice-presidente, Dr. Jaime Durigon, participaram da XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios e, na sequência, de reunião promovida pela CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos) para debater novas ações em prol dos hospitais filantrópicos.
A reunião promovida na tarde desta terça-feira, na sede da CMB, em Brasília, tem o objetivo de traçar novas ações que integrem o campanha “Chega de Silêncio”, que luta pela correta remuneração dos serviços prestados pelos hospitais filantrópicos ao SUS (Sistema Único de Saúde). A estimativa é a de que a dívida do setor ultrapasse R$ 20 bilhões.
Mais cedo, durante a XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, no Centro Internacional de Convenções de Brasília, chefes do Executivo municipal de todas as partes do país, além de lideranças de diversos setores. Entre os participantes, estiveram representantes do setor filantrópico de saúde. A campanha “Chega de Silêncio”, liderada pela CMB, alerta sobre a grave situação financeira dos hospitais e a necessidade de recursos emergenciais para manter o atendimento à população.
No evento, o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski, destacou o movimento nacional feito pela CMB, lembrando que a tabela de procedimentos SUS não sofre reajuste desde que foi criada, há quase duas décadas. “Como é que você vai fazer gestão da saúde, enquanto o teto aumentou 94%, a inflação aumentou mais de 1000% desde 1994. Nós estamos lá na ponta fazendo a ginástica para fazer a coisa acontecer”, disse.
O presidente da CNM também citou a tramitação no Congresso de inúmeros projetos de lei para a criação de pisos salariais para diversas categorias, que impactam ainda mais a área de saúde, sem a indicação de fonte de financiamento. “Estão aqui conosco os nossos amigos da Confederação Nacional dos Hospitais Filantrópicos, 1.800 hospitais, quase 50% dos hospitais do SUS. Só esse projeto tem um impacto de R$ 6,3 bilhões para eles. Os hospitais privados têm mais de R$ 6 bi. Quando somamos isso, são R$ 22 bilhões que vão impactar”, frisou.
Na ocasião, o presidente da CMB, Mirocles Véras, entregou ofício com os pleitos dos hospitais filantrópicos ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com quem está prevista audiência para pautar os assuntos.