A Prefeitura de São Paulo começa a vacinar hoje crianças de seis meses a dois anos, 11 meses e 29 dias com comorbidades. Crianças com deficiência permanente, indígenas e imunossuprimidas também podem receber a primeira dose da vacina pediátrica da Pfizer. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em setembro a ampliação do uso da vacina da Pfizer para crianças a partir de seis meses. É a única vacina aprovada para imunização desta faixa etária.
A vacinação coloca como prioridade crianças com comorbidades, deficiência, imunossuprimidas e indígenas porque não há doses suficientes no estado. São Paulo recebeu apenas 206 mil doses da Pfizer pediátrica —seriam necessárias 615 mil doses para completar o esquema vacinal de crianças com pelo menos uma comorbidade. O Ministério da Saúde começou a distribuir as doses quase dois meses após a aprovação da Anvisa. Desde a chegada do lote de 1 milhão de doses ao Brasil, foram mais 14 dias até a distribuição das vacinas aos estados. A demora preocupa pais e especialistas.
O esquema vacinal será de três doses. A segunda aplicação deve ocorrer com intervalo de quatro semanas (28 dias) da primeira dose, e a terceira deve ser administrada oito semanas (56 dias) após a segunda dose. De acordo com o Ministério da Saúde, a Pfizer infantil pode ser aplicada simultaneamente com as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. Crianças sem comorbidades podem se cadastrar na xepa. A Prefeitura de São Paulo abriu ontem (16) o cadastro da chamada “xepa da vacina” contra covid-19 para crianças de seis meses a dois anos. A xepa é uma estratégia para aproveitar doses de vacina que seriam descartadas nas UBSs (Unidade Básica de Saúde).
Com a xepa, pais e responsáveis podem cadastrar crianças sem comorbidade para receberem a vacina no fim do dia. Cada frasco da vacina da Pfizer tem 10 doses e o prazo de utilização é de 12 horas. Caso não sejam utilizados, a vacina é descartada. Como se cadastrar na xepa? Segundo a Prefeitura de São Paulo, o responsável deve inscrever o nome da criança na UBS mais próxima de casa e apresentar um comprovante de endereço. A lista completa das unidades de saúde pode ser acessada em http://prefeitura.sp.gov.br/vacinasampa. Caso haja alguma dose remanescente no fim do expediente, a equipe entrará em contato por telefone. As crianças devem estar acompanhadas pelos pais ou responsáveis no ato da vacinação. É preciso apresentar documento de identificação e caderneta de vacinação. No caso de crianças com comorbidades, é necessário apresentar comprovantes de condição de risco, ou seja, receitas, relatórios ou outro documento que atestem a condição. Os documentos devem conter a identificação da criança, carimbo do médico com o número do registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) e estar dentro da validade.