Vem chegando o verão e a vontade de exibir as peles bronzeadas aumenta. Para acelerar o processo, muitas pessoas recorrem às câmaras de bronzeamento artificial. Nas redes sociais, é bem frequente os famosos mostrarem os resultados obtidos após o procedimento. Contudo, o bronzeamento artificial é proibido no Brasil há quase 11 anos, por meio da resolução RDC nº 56/2009 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de 2009 para todo território nacional, considerando que não existem benefícios que contraponham as ameaças decorrentes do uso dos equipamentos para fins estéticos e, também, as dificuldades de se determinar um nível de exposição seguro.
Apesar disso, muitas clínicas desobedecem à proibição e oferecem o procedimento, cuja luz ultravioleta foi classificada, também, pela IARC (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer) da OMS (Organização Mundial da Saúde) como agente carcinogênico. Há ainda um projeto de lei (PL 1285/22) que visa derrubar a resolução da agência reguladora. Na opinião de Taciana Dal’Forno Dini, médica dermatologista e diretora da SBCD (Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica), suspender a proibição pode ser um perigo para a saúde da população e representa um retrocesso. “As evidências para corroborar os supostos benefícios associados ao procedimento são insuficientes, como a ativação da vitamina D ou de melhora do humor, visto que a relação com a ocorrência do câncer de pele (incluindo os tipos mais agressivos) está amplamente documentada na literatura científica, como a pesquisa Bronzeamento artificial: evidências em torno das alegações de saúde anunciadas, publicada em agosto/2021, que revisou todos os últimos estudos científicos sobre o assunto”, afirma.
Fonte: Viva Bem Uol