O consumo de álcool e drogas aumentou muito nos últimos anos. Mas junto com o uso excessivo, também vem problemas além do vício, como as consequências psicológicas e emocionais.
Em um levantamento feito no ano passado (2021), o Brasil registrou mais de 400 mil atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde) voltados a transtornos mentais e comportamentais, em quase todos os casos, relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas e diversos tipos de drogas.
O número levantou um alerta a médicos e especialistas pelo aumento de cerca de 12% na quantidade de casos em comparação ao ano anterior (2020), fazendo uma reflexão sobre até que ponto esses químicos podem impactar na vida das pessoas.
Outro ponto alarmante, é a faixa etária mais atingida. Segundo a pesquisa, os jovens são os que apresentam mais instabilidade, sendo 303,7 mil do registrado, com a idade entre 24 e 27 anos. Em seguida, os adolescentes, entre 10 e 23 anos, sendo 49,4 mil.
Os mais velhos, acima dos 60 anos, não ficam atrás, pois também representam um número alto, sendo 38,4 mil deste total. Além da grande quantidade, o sexo masculino é a maioria na procura por assistência psicológica.
Por dar suporte a todos os tipos de dependência química, o SUS tem sido muito procurado por pessoas com este problema. Por um lado, o interesse por este atendimento é muito importante para garantir tratamento e resultado, mas por outro lado, chama atenção sobre a dependência química por parte dos brasileiros nos últimos anos.
No país, a forma de ajuda só é possível através de profissionais, como médicos, psicólogos, psiquiatras, além de psicoterapia, grupos de apoio e ajuda familiar. No entanto, o processo é um pouco mais complexo, pois exige autodisciplina e reconhecimento do dependente.
Segundo especialistas, com a pandemia provocada pela Covid-19 nos últimos dois anos, a vulnerabilidade emocional disparou.
Além das consequências já enfrentadas, o período de isolamento intensificou a instabilidade, fazendo alguns ficarem ainda mais dependentes. Mas graças ao SUS, hoje, há tratamentos gratuitos que podem ser feitos com todo cuidado.
Contudo, é muito importante enfatizar o papel de amigos e familiares para que o tratamento aconteça, além da continuidade em seguir na busca por resultados, principalmente no período de abstinência. No entanto, a responsabilidade social também tem sua relevância por meio de campanhas sociais e investimentos governamentais.
Fonte: R7