Como o assessment e o outplacement podem ajudar na tomada de decisões do RH

Contratar, promover ou até mesmo desligar um colaborador fazem parte do dia a dia das equipes de RH. Apesar de rotineiras, certas decisões organizacionais não são fáceis, ainda mais com a forte escassez de talentos no país — 80% dos empregadores brasileiros relatam enfrentar desafios para preencher posições, de acordo com pesquisa do ManpowerGroup.

Em meio aos desafios, o assessment (que, em inglês, significa “avaliação”) é um poderoso aliado para ajudar as empresas na realização de movimentações com maior acuracidade, de acordo com Wilma Dal Col, executiva especialista em Gestão de Talentos do ManpowerGroup. Ela explica que muitas empresas têm dúvidas sobre como fazer certas mudanças no quadro de funcionários, e o assessment traz justamente uma percepção e leitura, por meio de informações confiáveis e relevantes, do potencial do colaborador e de seu atual momento profissional. Assim, é possível traçar uma ‘rota’ que seja mais eficiente para o resultado esperado.

“O assessment possibilita à empresa fazer um diagnóstico ou um prognóstico que possa suportar decisões de gestão e movimentações de talentos. Ele traz clareza sobre o perfil e as potencialidades do profissional, mediante suas possibilidades de contribuição e desenvolvimento. Sua aplicação pode ser feita por meio de metodologia, critérios estruturados, com ferramentas e técnicas diversas que proporcionam resultados sobre aspectos mais aprofundados de seu estilo, preferências de atuação, conjugados com escolhas e decisões”, diz a especialista.

Em casos de contratação, por exemplo, o assessment permite trazer um panorama das competências do candidato, contribuindo para prever comportamentos, mapear atitudes que a pessoa poderá apresentar em situações de estresse e, ainda, como aquele talento pode ser útil para a organização.

Wilma defende que as empresas voltem seus olhares aos planos de desenvolvimento individuais e coletivos, entendendo que todos podem se aperfeiçoar com o suporte adequado.

“Baseadas nas análises fornecidas pelo assessment, as empresas podem ajudar no desenvolvimento das soft e hard skills das equipes, o que evita a rotatividade de profissionais e os impulsiona para os desafios no mercado de trabalho”, conclui.

Desligamento de profissionais – como minha empresa pode ajudar na recolocação?

A demissão de profissionais é um ponto sensível no âmbito do RH. Para apoiar funcionários em desligamento, as companhias podem adotar o outplacement, feito para conduzir esse momento de forma humanizada, planejando os próximos passos e ajudando este profissional a se preparar para alcançar sua recolocação.

Para a especialista, essa prática está intrinsecamente ligada ao combate à escassez de talentos, já que profissionais em processo de outplacement tendem a ter mais chances no mercado de trabalho. Globalmente, a Right Management, divisão de soluções para Gestão de Talentos do ManpowerGroup, apoia milhões de pessoas em processos de outplacement. Esta experiência mostrou que esses profissionais, em geral, conseguem novos empregos duas vezes mais rápido.

“Muitas empresas não se atentam, mas uma boa aplicação de outplacement também contribui para o employer branding da corporação. Um desligamento responsável e humanizado traz uma reputação positiva da empresa, com o fortalecimento de boas práticas de governança”, diz.

Além disso, o outplacement pode colaborar até para a sensação de segurança dos colaboradores que seguem na empresa. “Programas que demonstram cuidado e responsabilidade com os colaboradores, mesmo em um possível desligamento, fortalecem o engajamento das equipes, criando um ambiente de maior estabilidade”, finaliza Wilma.

Fonte: RH pra Você