Setembro marca o aniversário de 34 anos do Sistema Único de Saúde; Fehosp ressalta o papel essencial da saúde filantrópica na assistência à população paulista
As Santas Casas e os hospitais filantrópicos são pilares de sustentação na estrutura de saúde pública brasileira, além de importantes aliados na evolução do SUS (Sistema Único de Saúde) no país. São Paulo desempenha papel de protagonista nesse processo. O estado mais populoso e com uma das maiores redes hospitalares do Brasil, soma 406 instituições filantrópicas, número maior do que os hospitais públicos (329) e particulares (359). Além disso, é o segundo estado do país com mais municípios dependentes do SUS e, em 181 cidades paulistas, essas instituições são o único equipamento de saúde para atender toda a população.
Outros números evidenciam a contribuição e importância do setor filantrópico para a saúde da população paulista. O total de leitos é de 51.624, contra 31.317 da administração pública e 26.353 da rede privada. Os leitos de UTI somam 6.241, frente aos 4.322 dos privados e 4.937 da rede particular.
No quesito internações, até junho, os hospitais filantrópicos também lideram, com 116.112 registros, contra 118.567 nas unidades públicas e 683 na rede particular. A fatia de atuação dos filantrópicos nos atendimentos de alta complexidade também é alta (11.851), enquanto a administração pública registra 8.635 registros. Na área de cardiologia, por exemplo, foram 6.446 atendimentos nos hospitais filantrópicos, contra 5.345 nos hospitais públicos.
Mesmo com todo peso e protagonismo no atendimento da população paulista, a rede de hospitais filantrópicos há tempos enfrenta grandes desafios financeiros, com dívidas crônicas. Uma das principais causas está na tabela do SUS, uma vez que os valores pagos não cobrem os custos reais das Santas Casas, forçando essas instituições a complementarem a diferença com recursos próprios ou por meio de doações.
Uma solução bastante promissora para essa questão foi a criação, em 2023, da Tabela SUS Paulista. A iniciativa constitui um complemento de até quatro vezes o valor que é repassado pelo Ministério da Saúde por meio da Tabela Nacional do SUS.
Para Edson Rogatti, diretor-presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), no aniversário dos 34 anos do SUS, celebrado em 19 de setembro, é ainda mais importante reconhecer e valorizar o papel do setor filantrópico. “Além de serem pilares do sistema de saúde, as instituições também refletem o espírito de solidariedade e compromisso com a saúde pública que define o Brasil. Assim, o apoio contínuo de todas as partes envolvidas — governo, sociedade e gestores de saúde — é fundamental para fortalecer essas instituições e promover um sistema de saúde público mais justo e eficaz para todos”, destaca.
Sobre a Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo)
Há 64 anos, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) trabalha intensamente pela melhoria, profissionalização e modernização da rede hospitalar paulista, buscando excelência no atendimento à saúde da população.
A Federação promove para as entidades beneficentes uma constante busca por recursos, atualização junto aos temas mais pertinentes relacionados à saúde e atuação intensa junto aos governos estadual e federal, agindo sempre em defesa dos interesses da classe hospitalar., sendo a voz das entidades filantrópicas junto aos vários segmentos da sociedade.
Fonte: Sala da Notícia