Cooperação técnico-educacional busca fortalecer o sistema público de saúde do país africano
Este é um programa inovador pelo conjunto das instituições envolvidas de forma coordenada e pela sua envergadura, além do caráter inovador e abrangente que terá tanto para o Brasil como para Angola”. Com essas palavras a ministra da Saúde, Nísia Trindade, celebrou, nesta terça-feira (23), a assinatura de acordo de cooperação com a Angola para formação de recursos humanos em saúde. A iniciativa de cooperação técnico-educacional entre os dois países busca fortalecer o sistema público de saúde do país africano.
A ministra aproveitou a oportunidade do evento para apresentar à delegação de Angola o Mais Acesso a Especialistas, política brasileira que tem como objetivo reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Lançamos, recentemente, um programa para acesso a especialistas. E esse acesso depende da organização do nosso sistema de saúde, de uma política já aprovada para média e alta complexidade, mas requer pessoas e a formação de especialistas. Neste sentido, nesta linha de uma via de mão dupla, nós certamente também estamos nos fortalecendo como rede para desafios da cooperação internacional. Isso se traduz em aprendizado”, afirmou Nísia Trindade.
A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, agradeceu o apoio do Brasil na estratégia que deve apoiar na formação 38 mil profissionais angolanos nos próximos anos. Reconheço o apoio e compromisso da ministra brasileira. Sua visão estratégica foi fundamental para o início do projeto. Ao longo dos próximos anos trabalharemos incansavelmente para garantir o acesso aos serviços de saúde de que os angolanos precisam e merecem”.
“Essa ação é resultado da excelente interlocução entre nossas equipes. Além disso, este evento retorna a cooperação técnica sul-sul na área de saúde”, destacou a secretária nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Isabela Pinto.
O Programa de Formação de Recursos Humanos em Saúde Brasil-Angola é coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores, em parceria com o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A iniciativa contempla a formação de profissionais angolanos no Brasil, em hospitais de instituições formadoras identificados pela Ebserh e pelo Ministério da Saúde, em diversas modalidades de ensino, tais como fellowship (nos moldes de residência), doutorado, mestrado, especialização, aperfeiçoamento e estágio complementar.
“Como estudantes, reconhecemos a crucial importância da educação na construção de sistemas de saúde robustos e eficientes. Estamos profundamente gratos pela hospitalidade do povo brasileiro e de sermos recebidos pelos seus institutos e universidades”, Estefânia Francisca Garcia, representante das alunas e dos alunos angolanos aceitos no programa.
Fonte: Ministério da Saúde