Incêndios em hospitais crescem 75% e expõem fragilidade elétrica no setor

Diante do aumento de ocorrências, soluções voltadas à detecção preditiva e integração de sistemas ganham protagonismo no setor hospitalar.

Pouco se fala sobre a complexidade das instalações elétricas em hospitais. Mais do que garantir o funcionamento de equipamentos, elas são fundamentais para a segurança de pacientes e profissionais. Uma falha, mesmo pequena, pode interromper procedimentos cirúrgicos, causar choques e, em casos extremos, provocar tragédias.

Dados do Instituto Sprinkler Brasil apontam um alerta: o número de incêndios em hospitais no Brasil aumentou 75% nos primeiros bimestres de 2024 e 2025 em relação ao mesmo período de 2022 e 2023 — foram 21 ocorrências contra 12 no intervalo anterior. O crescimento acende um sinal vermelho sobre a infraestrutura elétrica dessas instituições.

O problema não é exclusivo do Brasil. Casos registrados em diferentes países mostram que falhas elétricas são uma das principais causas de incêndios hospitalares:

  • Índia: Um estudo publicado no International Journal of Community Medicine and Public Healthanalisou 33 incêndios hospitalares entre 2010 e 2019, sendo o curto-circuito a principal causa, especialmente em UTIs.
  • Estados Unidos: Segundo a FEMA, entre 2012 e 2014, 22% dos incêndios não confinados em hospitais foram provocados por falhas elétricas.
  • Globalmente: Uma revisão da Frontiers in Built Environmentdestaca que sobrecargas elétricas e falhas em equipamentos biomédicos lideram as causas de incêndios em ambientes hospitalares.

Nesse contexto, prevenção e monitoramento deixam de ser escolhas técnicas para se tornarem exigências vitais. Em áreas críticas como UTIs e centros cirúrgicos, segurança elétrica é sinônimo de continuidade do cuidado.

Fonte: Saúde Business