Parceria entre Hospitalar Hub e SindHosfil discute a gestão de riscos no setor hospitalar e o impacto das novas NRs

Evento online destaca como a gestão de riscos pode ser um pilar de segurança e sustentabilidade para os hospitais, frente às novas exigências legais.

 

Com as recentes reformulações nas normas regulamentadoras (NRs), a gestão de riscos ambientais no setor hospitalar ganhou ainda mais relevância. No entanto, muitos gestores ainda a encaram como um custo, em vez de um investimento para a segurança e sustentabilidade das operações.

Para debater essas questões, o Hospitalar Hub, em parceria com o SindHosfil (Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo), promoveu um evento online conduzido por Edison Ferreira da Silva, presidente do SindHosfil, com a participação de Rafael Ribeiro, engenheiro de segurança do trabalho da Zuki.

A importância da gestão de riscos no setor da saúde 

Edison Ferreira abriu o evento contextualizando a relevância do tema para o setor hospitalar e destacou a necessidade de uma abordagem sistemática. Segundo ele, a reformulação das normas regulamentadoras (NRs) trouxe desafios adicionais às empresas, que agora precisam não apenas identificar riscos, mas também adotar estratégias eficazes para mitigá-los.

“Toda e qualquer ação, por menor que seja, precisa ser formalizada. A documentação é essencial para garantir tanto a conformidade com a legislação quanto a proteção jurídica das empresas”, complementou Rafael Ribeiro ao lembrar que a gestão de riscos é uma exigência legal e estratégica.

O engenheiro também enfatizou os principais obstáculos enfrentados pelas empresas no cumprimento das NRs, especialmente no que diz respeito à implantação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Ele destacou que muitas organizações ainda veem a gestão de riscos como um custo, e não como um investimento, o que dificulta o avanço em práticas mais seguras e eficientes.

“É necessário conscientizar os gestores sobre o impacto positivo de uma boa gestão de riscos. Muitas vezes, medidas preventivas podem até reduzir custos operacionais, como o uso racional de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)”, observou Rafael.

O papel da CIPA e os próximos passos 

Outro ponto central da conversa foi o papel da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Rafael apontou que, com as atualizações legislativas, a CIPA agora também atua em questões de assédio no ambiente de trabalho, ampliando sua relevância.

“A CIPA é um braço essencial na gestão de riscos, pois conecta o corpo técnico às realidades e necessidades do ambiente de trabalho,” explicou ele.

Como recomendação de próximos passos, Rafael destacou a importância de criar uma base sólida para a gestão de riscos. “O primeiro passo para quem está começando é realizar um levantamento detalhado dos riscos existentes e formalizá-los em um PGR. Isso deve ser complementado com planos de ação e treinamento contínuo dos funcionários.”

Os avanços esperados na área, segundo o especialista, incluem a necessidade de maior integração entre as equipes de saúde, segurança e recursos humanos, além de novas tecnologias para monitoramento e mitigação de riscos.

Além do foco na gestão de riscos, Rafael mencionou que sua empresa tem trabalhado em soluções de acessibilidade universal, ressaltando a importância de integrar segurança, inclusão e sustentabilidade nas operações hospitalares.

Assista a este episódio 

Os episódios desta série de bate-papos estão disponíveis na plataforma do Hospital Hub. Assista já!

Fonte: Saúde Business