A transição para o trabalho híbrido, impulsionada pela pandemia, apresenta um desafio significativo para as empresas: como gerenciar efetivamente equipes distribuídas em um ambiente de trabalho flexível e com metas cada vez mais exigentes?
Uma pesquisa recente realizada pela TechSmith e Global Workplace Analytics revela que apenas um quarto das empresas treinou seus gestores para liderar com sucesso equipes híbridas, destacando uma lacuna crítica na preparação para o futuro do trabalho.
“A mudança para o modelo de trabalho ‘Anywhere’ foi rápida, mas a adaptação das práticas de gestão para apoiá-la tem sido mais lenta, gerando desafios significativos para organizações e colaboradores”, observa Luciana Lima, especialista em liderança e professora do Insper.
Um dos principais desafios enfrentados na gestão de equipes híbridas é a necessidade de criar coesão e conexão entre os membros, mesmo quando estão fisicamente separados. “Existem estratégias específicas que os gestores podem adotar para superar esses obstáculos”, afirma Lima.
Segundo ela, é fundamental uma abordagem intencional em todas as interações e processos de trabalho, incluindo estabelecer metas claras e comunicá-las de forma transparente aos colaboradores. “A clareza sobre quem é responsável por quê é muitas vezes negligenciada no trabalho híbrido”, ressalta.
Além disso, a comunicação eficaz surge como elemento-chave na gestão de equipes híbridas. “Os gestores precisam adaptar sua abordagem de comunicação para atender às necessidades individuais de cada membro da equipe”, destaca Lima.
Os benefícios de investir na capacitação dos gestores para liderar equipes híbridas são evidentes. Um estudo da Gallup revelou que equipes lideradas por gestores treinados para ter conversas mais significativas com os colaboradores experimentaram um aumento no envolvimento geral da equipe, uma redução na rotatividade e um desempenho aprimorado.
“À medida que navegamos pela era híbrida, é fundamental que as empresas priorizem a preparação dos gestores para liderar com sucesso equipes distribuídas em um mundo sem fronteiras”, conclui a professora de Liderança e Gestão de Pessoas do Insper.
Fonte: Mundo RH