Repletas de recursos que oferecem soluções ágeis, otimizando processos e tomadas de decisões, as novas ferramentas com base em inteligência artificial vêm desempenhando papéis importantes na construção de um novo cenário para o setor de saúde brasileiro. Esse movimento é reflexo e também contribuição de uma realidade mundial.
Na saúde, os investimentos em IA já ultrapassam US＄ 28,9 bilhões, tendo como referência os valores desembolsados nos últimos cinco anos. Esse número posiciona o segmento como um dos maiores receptores de recursos privados em inteligência artificial, ultrapassando setores com maior familiaridade no uso dessa tecnologia, como o mercado financeiro e o varejo. Segundo o “Artificial Intelligence Index Report 2022”, relatório da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), em 2021, foram investidos US＄ 11,3 bilhões em pesquisa e inovação com inteligência artificial para medicina e saúde pelo setor privado em todo o mundo, cerca de 40% a mais em relação ao ano anterior. A visão computacional, capaz de segmentar imagens de órgãos, lesões ou tumores, foi uma das aplicações que despertaram mais interesse na comunidade médica.
Tal feito tem contribuído cada vez mais quando destacamos as necessidades de modernização em infraestrutura das instituições, sejam elas carências da rotina diária ou mesmo parte de um plano estratégico de expansão. “É comum que os ambientes dedicados à saúde passem por adaptações que tendem a suprir necessidades de rotina. Quando projetamos o futuro dessas instalações, pensamos em espaços cada vez mais versáteis. Consideramos, por exemplo, as diversas disciplinas de um hospital ou mesmo a cobertura de um plano de contingência”, comenta Yasmin Frazão, arquiteta responsável pelo núcleo de atendimento ao setor de saúde da AKMX, escritório de arquitetura e engenharia com mais de 20 anos de experiência em espaços de trabalho.
Atentos a esse movimento e tendo como objetivo otimizar as tomadas de decisões de seus clientes, o escritório, que dedica cerca de 30% de suas atividades operacionais ao setor de saúde, ultrapassando o número de 50 instituições atendidas em diversos estados brasileiros, recentemente abarcou a tecnologia de IA a suas soluções. A ferramenta, que permite a visualização de bilhões de dados, considerando regionalidade, gênero e idade dos pacientes até a análise de complexidade dos procedimentos, deverá contribuir também em informações correspondentes a infraestrutura e instalações.
“Por meio da calibragem do software e seus algoritmos, conseguimos dados brutos entregues a um time de especialistas em TI. Estes, também utilizando IA como recurso, são responsáveis pelo aperfeiçoamento, filtro e cruzamento desses indicadores. As possibilidades são inúmeras. Podemos avaliar, por exemplo, dados demográficos, casos específicos e procedimentos recorrentes ou mesmo o potencial de determinada especialidade, entendendo as possibilidades de ampliação de instalações existentes ou até a implantação de uma nova unidade de atendimento”, explica Ademar Paes Junior, CEO da LifesHub, empresa especialista em IA aplicada ao mercado de saúde.
A análise desses dados, submetidos a comitês estratégicos multidisciplinares, formados por representantes administrativos e clínicos, times de enfermagem, facilities, arquitetura e engenharia das instituições é fundamental.
“Combinar inteligência artificial com a experiência de criar soluções customizadas para ambientes de saúde contribui com o atual cenário do setor, no qual a necessidade de crescimento e expansão das instituições vem ganhando protagonismo em seus planos diretores. Acreditamos que essa iniciativa seja uma importante contribuição na evolução do segmento de saúde no Brasil”, destaca Edson Sá, presidente da AKMX.
Rumo à medicina 4.0, na qual a inteligência artificial, big data, internet das coisas e demais ferramentas digitais estão dando suporte a inúmeros processos, essas e outras tecnologias são a soma do alto poder computacional, inteligência de dados e conectividade, sempre dedicados a fomentar precisão em análise de informações, automatização e aperfeiçoamento de processos, além da criação de novas soluções.
Fonte: Saúde Business