Cerca de metade dos cânceres do mundo se devem a um fator de risco determinado, e o tabaco e o álcool estão no topo da lista, segundo um grande estudo divulgado nesta quinta-feira (18).
As medidas de prevenção são essenciais, mas não são a panaceia, advertem os autores. “Segundo nossa análise, 44,41% das mortes por câncer no mundo podem ser atribuídas a um fator de risco determinado”, considera o estudo, publicado na revista Lancet como parte do projeto mundial Global Burden of Disease.
Milhares de pesquisadores em todo o mundo estão envolvidos nesse amplo projeto, financiado pela Fundação Bill Gates e de dimensão sem precedentes. O objetivo é aprofundar o conhecimento sobre os fatores de risco de câncer por região.
As primeiras conclusões confirmam que o tabaco é o principal fator que favorece o câncer (33,9%), seguido do álcool (7,4%), em todo o planeta.
No entanto, aproximadamente metade dos cânceres não é atribuível a um determinado fator de risco, o que mostra que a prevenção não é suficiente.
O diagnóstico precoce e um tratamento eficaz devem ser os outros dois pilares de uma política de saúde inteligente.
Dois epidemiologistas que não têm relação com o estudo, Diana Sarfati e Jason Gurney, concordam, na mesma edição da revista, com as conclusões da análise, embora alertem que os dados colhidos apresentam deficiências em alguns países.
Fonte: Folha de SP