A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu hoje, temporariamente, a autorização do uso emergencial de dois medicamentos usados em pacientes infectados pela covid-19. São eles, o Regn-Cov-2 e o Regkirona.
O primeiro é um coquetel de dois anticorpos, que era utilizado por meio de infusão intravenosa. Já o segundo, é um anticorpo monoclonal. Os dois remédios eram indicados para pacientes com a doença em estágio leve ou moderado, mas que tivessem altas chances de progredir para um caso grave de covid.
A razão da suspensão é o fato de que não há eficácia comprovada desses medicamentos contra a variante ômicron, hoje predominante em mais de 99% dos casos confirmados da doença no Brasil.
A agência ponderou que caso sejam apresentados dados que comprovem a eficácia contra essa variante ou outra que possa vir a se tornar predominante no país, a autorização pode ser retomada.
As empresas que sejam responsáveis pelos lotes de medicamentos devem orientar os profissionais da saúde da falta de eficácia dos medicamentos contra a Ômicron, só podendo ser utilizado em caso de infecção por outras variantes.
No Brasil, estão autorizados os seguintes medicamentos contra a covid-19:
-Rendesivir, do laboratório Gilead: antiviral injetado, indicado apenas para pacientes com pneumonia que precisam de oxigênio extra para ajudá-los a respirar, mas que não estejam sob ventilação artificial.
– Baricitinibe, da farmacêutica Eli Lilly: indicado para pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que necessitam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.
– Sotrovimabe, da empresa GlaxoSmithKline: orientação é para casos de leve a moderado em pacientes que estão em risco de progressão para o estágio grave da doença.
Fonte: UOL Notícias