O intervalo da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 cairá de seis para cinco meses para idosos, imunossuprimidos — pessoas com baixa imunidade, isto é, com câncer, HIV ou transplantadas, por exemplo — e profissionais de saúde. O órgão também avalia recomentar a dose de reforço da vacina contra a Covid para pessoas de 18 a 59 anos.
Técnicos que assessoram a pasta disseram ao GLOBO, em caráter reservado, que veem os planos como positivos. O grupo tem analisado estudos que mostram a queda da proteção vacinal ao longo do tempo para subsidiar as recomendações.
Para o professor de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, a redução no intervalo para idosos é uma forma de reforçar a proteção desse grupo mais vulnerável e que têm menor resposta imune à vacina, devido à imunossenescência programada.
O encurtamento do intervalo já vigora em Minas Gerais, Natal, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, por decisão das respectivas secretarias de Saúde. No Espírito Santo, a redução já é para quatro meses e, no Guarujá (SP), para dois. Estados e municípios têm autonomia para definir os próprios cronogramas de vacinação.
Fonte: O Globo