Neste Outubro Rosa, as pacientes com câncer de mama metastático do tipo mais comum, o RH+ e HER2-, ainda aguardam motivos para comemorar. Isso porque a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (CONITEC) deve decidir, até o fim deste mês, sobre a inclusão de medicamentos inovadores para tratar a doença, que corresponde a 70% dos casos de câncer de mama e que há quase duas décadas não recebe atualização de terapias disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, em que a neoplasia ocupa a segunda posição. O Sudeste é a região com maior mortalidade proporcional, com 16.9%. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer, a doença afeta mais de 66 mil mulheres por ano no Brasil e cerca de 35% dos casos são identificados já em fase metastática. Apesar disso, dados do Radar do Câncer demonstram quedas significativas na realização de mamografias e demais exames de rastreamento durante a pandemia; com uma baixa de 48% em 2020 e 50% em 2021.
Na Agência Nacional de Saúde (ANS), responsável pela definição do rol de tratamentos para os planos de saúde, a atualização mais recente foi em fevereiro de 2021 e contou com a inclusão de medicamentos inovadores como a classe CDK, responsáveis por interromper o processo pelo qual as células se dividem e se multiplicam, sendo capazes de prolongar a sobrevida das pacientes.
Fonte: Medicina S/A