O segmento das entidades filantrópicas possui em sua grande maioria um quadro pessoal enxuto, tendo em vista que as questões de custeio desta rubrica e diante das imposições legais na Gestão de Recursos Humanos é muito complexa e exigente.
Ademais o segmento das entidades sem fins lucrativos possui a desvantagem diante da competitividade de mercado de trabalho. A perda de profissionais experientes para o mercado é constante tendo em vista agregar em nossos funcionários vencimentos ou benefícios como uma excelente moeda de convencimento de mão de obra especializada.
Por outro lado, o mercado nacional de trabalho embora com temoroso índice de desemprego, oferta mão de obra sem preparo e ausência de experiências específicas como a atuação em serviços de saúde. Todos estes pontos são detectados constantemente, mas aflora uma outra situação mais alarmante. Trata-se das questões da saúde de nossos funcionários que diante do atual momento da sociedade, vive e sobrevive com inúmeros problemas relacionados as questões psicológicas e abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo etc., e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas.
As doenças e transtornos mentais afetam mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 75% e 85% das pessoas que sofrem desses males não têm acesso a tratamento adequado. No Brasil, a estimativa é de que 23 milhões de pessoas passem por tais problemas, sendo ao menos 5 milhões em níveis de moderado a grave.
Segundo informações expostas no Atlas de Saúde Mental 2017 (Mental Health Atlas 2017) da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que, embora alguns países tenham feito progressos na formulação e no planejamento de políticas de saúde mental, ainda há uma escassez em todo o mundo de profissionais de saúde treinados nessa área e falta investimento em instalações de saúde mental baseadas na comunidade.
O que nós profissionais de Gestão de Pessoas devemos saber para lidar com esta situação e com estes pontos que afetam parte de nossos colaboradores, alguns com dois vínculos, vida social/familiar na maioria dos casos complicada, agregada a questão da ansiedade e principalmente de exercer suas atribuições com complicações com começo e o fim da vida.
Edison Ferreira da Silva – presidente do SINDHOSFIL/SP