Iniciamos 2021 num cenário ainda muito preocupante: aumento da média móvel dos novos casos de contaminados pela Covid-19 e das mortes por ele provocadas, redução dos impactos da pandemia ainda sem respostas efetivas e incertezas sobre a efetividade das vacinas disponíveis; aumento do descrédito na Justiça, principalmente no STF, gerando insegurança jurídica; política confusa e a governabilidade do país com a economia debilitada e a necessidade da manutenção do Teto de Gastos, em decorrência do enorme déficit fiscal; orçamento para a Saúde em 2021 ainda não votado e provavelmente menor que o do ano anterior; ameaças de descontinuidade das ações da Lava Jato no combate à corrupção; entre outras indefinições como as das presidências da Câmara e Senado Federal, e das reformas Tributária e Administrativa. Portanto, nada diferente do que dizia o saudoso economista e diplomata Roberto Campos: “O bem que o Estado pode fazer é limitado; o mal, infinito. O que ele nos pode dar é sempre menos do que nos pode tirar.”
Pelo lado dos hospitais que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde – SUS, agravaram-se os atrasos nos repasses dos pagamentos devidos pelos gestores locais do SUS, de forma incompreensível e inaceitável e a troca de prefeitos na maioria dos municípios brasileiros deve tomar proporções ainda mais contundentes, ferindo de morte as finanças desses hospitais. Persistem dúvidas sobre os desfechos que terão os pagamentos realizados pela média mensal, em que se desobrigou os hospitais do cumprimento das metas quali-quantitativas contratadas. O mesmo ocorre em relação ao recrudescimento das internações de pacientes com Covid-9, intensificando-se o uso de leitos de UTI, sem o conhecimento de como será o valor de remuneração desses leitos.
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